Pode-se passar a vida inteira
Nem que seja até uns 87 anos
A pensar num mal que se sofreu
No pesar de um erro que se cometeu
Num grande amor que nunca morreu
"Toda la vida, un día, una eternidad"
Chorei-te hoje de novo neste inferno
Que não tem fim das dores execráveis
Que me causam diariamente sem pena
Esse misto de nojo, raiva, dor insuportável
Esse cheiro nauseabundo
Que aumenta a minha vontade de morrer
Os tremores imediatos e automáticos
A tensão, a desidratação, a rigidez no corpo
A nuca, a cervical, o estômago, o peito
Os braços e as mãos e as pernas em choques
O trauma que despoleta tudo
E quase desintegra-me
Quase desfalece-me de novo
Mas, como sempre, tento agarrar uma bóia
Instintivamente
E tu nunca estás, nem ninguém
Só consegui agarrar-me à voz de mi Silvia
Mi cantante favorita que llora comigo
E ainda me faz sorrir dentro no final
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