Traumatizados do cabelo aos cotovelos
Com uns grilhões nos tornozelos
Arrastamo-nos pela Terra quando é preciso
Uns chamam--nos de almas penadas
Dizem que somos maus e que de amor
Não entendemos nada
Mas só nós é que levámos com as dores
De sermos ignorados e mal-amados
Por essas ditas pessoas de bem
Muito bem-sucedidas e no seu egocentrismo
Nem vêem que se nós não tivéssemos existido
Eram elas que tinham ido para o abismo
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