quarta-feira, dezembro 10, 2008

23-11-08

Tenho em mim apenas palavras e silencios: ambos gotejam como cristais que fervilham nas entranhas da terra. Outras vezes sao como punhais de estalactites.

Palavras e silencios, reflectidos num espelho de mudez e esquizofrenia, bailam intermitentes pelo ar cortante das noites em claro.

O frio que e um lencol que se estende sobre um corpo quieto, contrastando com a calidez da serenidade triste de um outro.
A cor e um licor derramado em pedra cinzenta e inerte.
A voz que vibra os fios da teia tocados pelo orvalho das horas abandonadas.
O sonho que alude a um espasmo animal de visceras ensurdecedor.

Sem comentários: