Sou agora um homem inexistente, preso a um momento que dura apenas alguns segundos e, ainda, suspenso no acidente vidiário.
E isso mesmo, não é o acidente rodoviário, mas sim o da vida, que é diário. E nos deixa eternamente pisados, quebrantados, sovados, todos os dias, numa luta corporal intensa.
Estirado, tudo à volta é demasiado branco, asséptico, lembrando-me a imundície que sou e a luz parda das ruas por onde andei.
Deixo de escutar o som que, em compasso binário, parecia uma agulha a espicaçar o meu coração.
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii___________________________________
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