Metem-me nojo «os fatos»
que andam por aí em contralto
armados em superiores, são mais sujos que o lixo,
mais reles que as ratazanas do esgoto
esses ditos senhores doutores.
Metem-me nojo os «sapatos de vela»,
também produzidos em série,
que pisam nos pobres transeuntes
com o seu olhar de desprezo
trazem «os outros» numa trela
é a escravidão que eu agora revejo.
Objectos de luxo que desfilam
em paradas de mete-nojos;
são eles carros, roupas, delicatessen,
esses burgueses, a camada alta,
ignora quem lhes produz esses artigos:
o povo trabalhador, os que perecem.
Assim, os mete-nojo habitam este lugarejo
espalhando os seus negócios pela terra,
onde têm como dirigentes altamente remunerados
os seus amigos e familiares mete-nojo,
que exploram «os outros» que são,
como em tudo o resto no planeta,
noventa por cento dos que têm coração.
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2 comentários:
Respira fundo, Sónia...
Não, é verdade que muita gente por ai merece um poema destes colado na porta onde habita.
olá, Paulo,
pois é, é daquelas coisas que me perturba profundamente, o fosso social; agora que só se fala em Crise chateia-me ver que os que mais têm são os que mais choram, mete-me nojo, especialmente quando há pessoas que passam frio e fome e muitas mais vêm por aí, enquanto há uns e outros que fazem um choradinho porque em vez de dois carros e 2 telemóveis topos de gama «arriscam-se» a ficar com um só. coitadinhos... lol
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