Um rosto afundado nas brumas da tristeza,
que arrasta consigo um corpo vítima da gravidade,
esta, que com os seus braços lânguidos
severamente o castiga
condenando-o a arrastar-se pela Terra.
E de vez em vez, o ódio e a raiva como injecção letal
influem-se no corpo exangue
tomam conta dos braços agora entesados
e até os pés tendem a suplantar o corpo.
É nessas horas que se pode matar ou morrer.
É nesses momentos que o sibilo da víbora soa,
pérfido nos ouvidos, despertando as imagens
violentas e repetidas como ataques infligidos
à alma atormentada pelas memórias
do que nos fizeram.
E o que nos fizeram jamais sai de nós
e surge como em relâmpagos
repentinamente, sem aviso,
à menor escuridão no horizonte.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário