domingo, julho 02, 2017

Afogas-te nas memórias diluídas 
Tal como eu embarco nelas...
Faltou-me saber reconhecer a verdade 
Parar com os textos repetidos
E começar por admitir a vontade 

É sempre tarde quando te apercebes
É sempre impossível quando não consegues 
E acabas por ficar apenas com a maresia 
de uma vida por viver

Os redemoinhos de repetições 
Sucedem-se implacáveis 
Nunca varrendo a inutilidade 
E a vacuidade que cega,
Mantendo-nos sempre na escuridão 

Eu esforcei-me demasiado  
Fui contra a corrente 
Qual eterna rebelde 
Mas descobrindo o niilismo da vida 
Como e por quê continuar

Em décadas sucessivas de naufrágio?

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