sábado, julho 15, 2017

Saudades das tuas singularidades



Escreves muitos "a" sem "h"
E enquanto te leio falta-me sentir o teu sorriso a olhar para mim,
E toda a minha vida percorrida pelos teus dedos,
E até o teu som de estalar o corpo,
Como se sente nostalgia de ouvir o som que a antiga casa fazia;
O teu corpo esquálido de alabastro, o perfeito abrigo para o meu corpo aranhiço;
A tua vida a palpitar na calma excitação, essa ternura tranquila, que não se mede pelas palmas das nossas mãos; 
O teu tacto e polidez a cada frase minha, quase como resposta biológica;

São singularidades que me vêm à memória e de que sinto falta no ruído da madrugada, para silenciar a minha mente e sossegar o meu coração.

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