quinta-feira, junho 24, 2021

Redenção

 O Homem que tem em si o vulcão dormente da culpa, passa a vida em busca da redenção que nunca sente pois é tudo uma ilusão.  

A mim, que observo impavidamente os atritos dos transeuntes aflitos, tudo me parece pó que se alguém se lembrar de soprar vai pelo ar e desaparece como se nunca tivesse tido lugar. 

Nunca buscarei nada, não só pelo poema "estás só, ninguém o sabe...", mas principalmente porque a busca é vã e não há nada que eu queira. 

Quando quero, ou melhor, quando raramente quis, em segundos percebi que querer algo é falacioso. Nada é teu, senão o que te dão. 


Sem comentários: