Diz-me que ficas até ao fim,
Que me carregas no teu regaço
Como rosa vermelha que fui,
Mas agora lívida, esmaecida,
Morta de cansaço,
Acabado o milagre
Já nada mais flui.
Diz-me que me dás a mão,
Que tomas conta de mim,
Assim como pequenina
Que coube no teu coração
E que jamais foi esquecida.
Eu nunca tive quem cuidasse
Desse jardim e das suas flores,
Alguém que amasse sem dores
O que é de mim e dos meus temores.
Hoje faço sim esta súplica
Que sei que o vento leva
Mas não para ti
Aguardo-te na Primavera
Quando o Verão não tem fim.
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