sábado, novembro 27, 2021

O teu nome

 Chamo pelo teu nome 
Enquanto te toco e atinjo o êxtase 
Numa explosão de edifício
Que deixa o ar poeirento só um segundo
E depois só remanesce o silêncio
E a claridade no ar

A chuva fininha que se segue 
É a dispersão da humidade 
Concentrada na foz dos rios
Que temos a transbordar em nós

Chamei pelo teu nome três vezes
e mais e mais e mais
Os rios viraram mares
Os mares viraram oceanos
É na imaginação e nos sonhos
Que o teu nome é só meu.

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