Amei-o como se ama pela primeira vez
Com a febre da paixão inesperada
Que nos toma e nos arrasa
E que não deixa nada em pé
A urgência de estar perto
A necessidade de o ver
Igual à necessidade de o ter
E eu sempre a amá-lo
Com o meu peito aberto
Por saber que não o teria
Por saber que não o veria
Sofri como uma condenada
Numa eternidade amaldiçoada
Às vezes penso em nós a sós
Obrigados pela guerra
A fugirmos para um lugar remoto
Perdidos da Humanidade
Náufragos em Ha Long labirinto
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