Procura-me entre escombros de mim
e leva os meus olhos para eu não ver
tudo o que embrutece nas ruas só com o ar.
Leva também as memórias empoeiradas
e que fedem de tanta falsidade.
Sei que hoje está mais frio
e os cobertores da juventude
foram rasgados pelos punhais
de gelo que as pessoas me lançam
só com os seus olhares indiferentes.
Cada linha no meu rosto
qual pele de paquiderme ancião
espelha a rudeza do chão que pisei
e que me abrigou sem o fazer.
Não há qualquer solução para ti,
não penses que és mais feliz do que eu,
porque sei que não estás aí.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário