segunda-feira, janeiro 04, 2021

 No quase silêncio da madrugada que começa eterna, diariamente, me ergo estátua da apatia desassossegada. Não pára, não quebra, continua no som contínuo, da vibração das fossas abissais dos universos. Não foram os sete anos no Tibete, mas sete anos de Addison, que me amarraram à condenação de ver auroras inalcançáveis, como Prometeu sem fogo.

O descanso não existe senão para os mortos.

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