Não és longevo, ao contrário do que dizem,
apenas providencias o resguardo para leve brisa
enquanto a minha atormentada alma descanso
na tua sombra de salgueiro-chorão,
sentindo a água correr e não lavar a minha mágoa,
as minhas duras penas voando no vento apenas
e todo o manto de lamento da tua copa desfiada
quando me espremeram o coração.
Aquilo que sufoco no peito
é seiva que seca nas minhas veias
e sentada no teu tronco encostada
num improvisado leito
sei que não é a mim que beijas
com as tuas folhas caídas ao vento.
Sei que a tua memória ancestral
canta o meu pranto memorial
e a tua frondosa raíz
é o que me fará mais feliz.
quinta-feira, abril 15, 2021
À Sombra do Chorão
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