domingo, abril 11, 2021

Onde os silêncios vão morrer.

 Atravessamos estradas de diademas
que são prismas que dispersam a poeira do caminho
e lentamente calamos cada soluçar

como uma serpente que ondula o corpo lentamente
sai de mim esse hipnótico vibrar 
e esfumaça-se no que foram mil teoremas
que eu não cheguei a desvendar sozinho

penso onde se alojará cada vez que calo o que sinto
toda a minha vitalidade e querer
e sei que o exercício de que minto
não tarda em me fazer sofrer

vislumbro ainda uns faróis a vir na minha direcção
já não há mais nenhuma luz difusa sequer
e sei que já vou para onde os silêncios vão morrer.

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