quinta-feira, agosto 12, 2021

O Poema

 O poema existe forte
como quando as nossas mãos se unem
e enfrentam a morte
acreditando na sorte de nos termos encontrado.

O poema sangra nas ruas, 
tinta escorrendo nas paredes
e fumo dos escapes dos automóveis,
atravessa pessoas nuas sem redes,
as poucas que não falam aos telemóveis.

O poema está escancarado nas nuvens
escrito em raios solares e raios-relâmpagos,
trovoa com o som de mil flashes de fotografia
e evapora-se para entranhar-se em tudo e todos.

O poema és tu e eu e o mar e o céu.


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