É isso, eu nunca aprendi a morrer, sempre houve algo tão raivoso e teimoso em mim, de cada vez que estou à beira da morte, que mesmo apesar do inferno diário em que sempre vivi, me fez ficar ultrajada com tanta injustiça e sempre à espera do tal dia em que fosse a minha vez de ter direito a alguma coisa de muito bom que eu queria e pudesse finalmente sentir-me completamente feliz durante muito tempo para compensar toda a desgraça e tudo de horrível que passei às mãos das pessoas.
Uma casinha para mim com tudo o que eu precisasse num sítio muito bonito perto do mar ainda mais bonito, era uma boa para morrer em paz e sossegada. Sei que é bem impossível, mas esse sonho é tudo o que eu tenho para me manter com alguma coisa de bonita na cabeça.
Ainda agora sobrevivi desta infecção e ainda dói tudo, mas não vejo a hora de poder voltar a ouvir o som da minha própria voz depois de tantos dias.
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