segunda-feira, dezembro 09, 2024

Amores de partículas infinitas e eternas

 Talvez tenha sido só isso, mesmo que tenha sido e seja para mim tanto e tudo: um com castelos de areia e outro com nuvens e eu a água que os molhou. Fiz desabar e chorar e desaguar e alagar e dissolver e fiquei só eu a naufragar, sempre um destroço de quem um dia foi avistado como navio pirata. 

Queria que se alguma vez pensassem em mim fosse com um sorriso nos lábios e um quentinho no coração, mas provavelmente só me detestam e evitam a todo o custo a minha recordação. 

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