quarta-feira, dezembro 11, 2024

"Ato falho" perpétuo

 E porque é que o teu nome não descolou ainda da minha boca e continua agarrado à minha língua 

Perdi a conta de quantas vezes te deixei ir, quantas vezes pensei que tinha de te largar, que já não queria mais sofrer desta coisa que não é já apenas doença - a não ser que seja mais uma incurável - e que também já não é obsessão, ou se calhar é mesmo ainda tudo isso, embora tenha tentado tanto remediar. 

Por que raio não sais de mim? Especialmente se eu saí tão rápido de ti, ou nem cheguei a estar dentro. Já tentei revoltar-me, já morri, já dei uma de kamikaze, tanto que sofri e também já tentei aceitar, abraçar, ...

nada resultou até agora 

nem o tempo 

nem a memória que vai indo

nem nada

talvez não haja maneira de te tirar completamente de mim, simplesmente porque fizeste de alguma forma parte da minha vida e muito intensamente 

(estranhamente não perdi completa esperança de que um dia acontecerá ou mesmo o mais improvável que somos nós)

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