Tu, que não me defendeste
em várias ocasiões
perante os rufiões
nem me acolheste
ou me escutaste
sequer te atreveste
a perguntar-me
sim, tu
que me investigaste
e que ainda me gozaste
rindo junto das amigas
e me acusaste
e repudiaste
me negaste
e gritaste
que eu me queimasse
que eu desaparecesse
que num buraco me enfiasse
nunca a meios olhaste
para me atingir com os teus fins
quantas vezes me trocaste
por outros lábios carmins
olha agora como
nunca mais recordaste
do mal em que me transformaste
Sem comentários:
Enviar um comentário