No espelho da terra dos meus olhos
Reluz um micro-prisma com mil fogos
Escorre em maravilha de lava e euforia
É o festival da Terra com a sua alegria
Eu sei que ele mora no teu coração
Tu que és ar e levantas toda a poeira
Eu que sou terra e que fico sem chão
Quando te vejo de qualquer maneira
Mas eu já não te vejo senão invisível
Nos fantasmas dos incêndios florestais
E tudo mais que acontece e é indizível
Queimando-nos a vista até cinzas
Como na terra dos anjos falecidos
Não há brilho pois tu já não ligas
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