terça-feira, janeiro 14, 2025

Terra

 No espelho da terra dos meus olhos
Reluz um micro-prisma com mil fogos
Escorre em maravilha de lava e euforia
É o festival da Terra com a sua alegria 

Eu sei que ele mora no teu coração 
Tu que és ar e levantas toda a poeira
Eu que sou terra e que fico sem chão 
Quando te vejo de qualquer maneira 

Mas eu já não te vejo senão invisível 
Nos fantasmas dos incêndios florestais 
E tudo mais que acontece e é indizível 

Queimando-nos a vista até cinzas
Como na terra dos anjos falecidos 
Não há brilho pois tu já não ligas

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