Eu já vi a minha face
Ficar cruel por ti
Como quem vira espelho
Para não se ver inteiro
E "ai, nos valha se te mace"
"Não vá o diabo tecê-las"
Pois tu és o último que ri
Quando vejo-te a lê-lo
E decifrares-me até o cheiro
As águas pardacentas
Em que nos debatemos
Para não nos afogarmos
Evaporaram-se nos remos
Que tanto manobrámos
Com mentes bafientas
A minha crueldade fugiu
Só naquele momento serviu
E agora não restou nada
Voltei ao meu estado
De eternamente quebrada
<i> (o meu aspecto doentio era gostar até da tua face quando cruel) </i>
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