Eu amei-os, mas eles nunca puderam amar-me de volta.
O desespero, e apenas dependência, nunca se constituiu em amor.
Para se amar é preciso despir-se de tudo o que o mundo nos vestiu e dar-se inteiro a nu, arriscando e permitindo ser-se amado pelo que se é de verdade, mesmo que não achemos que somos algo, seremos então nós mesmos e isso sim é ser alguém. Eu admiro a tua coragem e por isso te achei tão meritório e a nós os dois, ao nosso carinhoso amor e permiti-me também.
Entendo agora que contigo não há o difícil que é olharmos para o outro e vermos a parte menos boa, que também temos, como quase monstruosa, como com outra pessoa em que o amor, que é tanto, nos tira a coragem pelo medo de falharmos, ou de não sermos meritórios.
Eu continuo a pensar que tenho essa parte de monstro dentro de mim, simplesmente agora já entendi que ele também tem uma função benigna.
Está tudo bem, pela primeira vez, dentro do que eu sou. O desprendimento, o equilíbrio e o autoconhecimento. Isso tudo talvez seja sim o maior amor possível.
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