Serpente trespassa
Tudo o que deixaste
Por desleixo e desprezo
Deixa-me ser da raça
Com que te revestiste
E livraste-te desse peso.
Desperta o que em ti
Veemente se encerra
Traz a verdade
Denunciando a mentira
O logro de um abraço
A nocturna flor
Floresce em manhã nua
Inóspita de pecado
Suavemente tão pura
Que mata o regaço
Com que te embalas
No teu céu radiante.
Solta-se o som rude
Voraz, fere cá dentro
Agonizando a negritude
Da alma pensante
Quando penso em ti
Rompante se torna
Toda a fúria de sobreviver
Para te ver de novo.
Fujo da tristeza das lembranças
Como tento não me lembrar!
Chorar pela tua falta
Que me faz morrer
A cada minuto em ti
Na janela do meu tempo
Na distância da visão
Que o horizonte se alcança
Obstáculos, opositores frios
Inimigos de tudo que é belo.
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