Os meus sonhos estão desfeitos em pedaços de carvão
Que se desmancham em pó pelo negro chão
E a minha vida é um longo processo
Em que sofrer não é um retrocesso.
Houve dias em que o céu foi mais azul
E a minha mão mergulhava no teu Ser
Como se fosses água de mar revoltado
Que eu apaziguava com o meu olhar.
Não sei se te amei o suficiente para te querer
Nem mesmo sei quem foi que te perdeu
Apenas sinto uma febre nas entranhas
Uma vontade de evaporar numa explosão.
Abraço a dor que a madrugada me traz
Todos os dias com a coragem do perdão
De uma pessoa que não sei quem é
Nem eu mesma sei porquê.
Houve dias em que o sol foi morno
Dias perfeitos como dizia o cantor
Mas a tua cobardia escurece agora
Todas as memórias que tenho deles.
Ainda assim te posso dizer
Que não há ninguém até hoje
Que me tenha preenchido a alma
Como tu o fizeste em tempos.
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