Nunca fiquei tanto tempo a olhar para uma folha em branco, sem conseguir escrever nada nela....
É da solidão que me trai, porque não me engrandece como muitos dizem que é suposto, no seu templo edificante; mas sim diminui-me, transforma-me em nada, reduzindo-me à minha própria insignificância perante o Universo e arredores. Eu, um ser mortal, imperfeito e vulnerável, como todos os outros milhões deles neste planeta, no mínimo, estranho. Sim, as pessoas não detêm qualquer estranheza, ou mesmo mistério em si mesmas, mas sim o mundo à volta delas; aquele que por tantas vezes é esquecido, encerra paisagisticamente uma estranheza incomum. Deviam todos olhar mais vezes em todo o seu redor.
Já alguma vez tocou-te na consciência, várias vezes num dia, que estavas só? É, as pessoas verdadeiramente não o sabem. Considero uma dádiva (seja lá de quem for) sentirmo-nos em paz, em pura calma, com a certeza de que é impossível estarmos mais seguros, tendo o mundo desvanecido como se estivéssemos num plano etéreo. Penso que esta sensação global de preenchimento é capaz de surgir quando encontramos a pessoa que pensamos que vamos amar para sempre. É bem capaz.
Já faz um tempo que me demiti de mim mesma , fiz uma pausa para me tornar noutrém. Sempre vale a pena tentarmos ser condescendentes connosco mesmos. Nem se aplica apagarmo-nos ou substituirmo-nos, mas sim pegarmos noutra pessoa de dentro de nós e fazermos dela nós mesmos, por mais ou menos tempo que dure, sempre sabe bem variar. É um “Kit-Kat” que nos aplicamos.
Neste processo, podemos perder o controlo sobre aquilo que sabemos que realmente somos e, para evitar isso, há sempre o mar. Mais propriamente o mar da Ericeira. Tudo em redor dele pode-se alterar, mas ele, apesar de inconstante e de incansável, mantém-se sempre o mesmo. O mesmo cheiro envolvido em misteriosa neblina, a mesma imensidão, o mesmo poder esmagador sobre o nosso respirar, a mesma revoltada quietude de alma. As nossas vozes não alcançam o mar, mas os nossos pensamentos são telepáticos com ele.
Todo aquele mar e por vezes não me lava a alma...
É da solidão que me trai, porque não me engrandece como muitos dizem que é suposto, no seu templo edificante; mas sim diminui-me, transforma-me em nada, reduzindo-me à minha própria insignificância perante o Universo e arredores. Eu, um ser mortal, imperfeito e vulnerável, como todos os outros milhões deles neste planeta, no mínimo, estranho. Sim, as pessoas não detêm qualquer estranheza, ou mesmo mistério em si mesmas, mas sim o mundo à volta delas; aquele que por tantas vezes é esquecido, encerra paisagisticamente uma estranheza incomum. Deviam todos olhar mais vezes em todo o seu redor.
Já alguma vez tocou-te na consciência, várias vezes num dia, que estavas só? É, as pessoas verdadeiramente não o sabem. Considero uma dádiva (seja lá de quem for) sentirmo-nos em paz, em pura calma, com a certeza de que é impossível estarmos mais seguros, tendo o mundo desvanecido como se estivéssemos num plano etéreo. Penso que esta sensação global de preenchimento é capaz de surgir quando encontramos a pessoa que pensamos que vamos amar para sempre. É bem capaz.
Já faz um tempo que me demiti de mim mesma , fiz uma pausa para me tornar noutrém. Sempre vale a pena tentarmos ser condescendentes connosco mesmos. Nem se aplica apagarmo-nos ou substituirmo-nos, mas sim pegarmos noutra pessoa de dentro de nós e fazermos dela nós mesmos, por mais ou menos tempo que dure, sempre sabe bem variar. É um “Kit-Kat” que nos aplicamos.
Neste processo, podemos perder o controlo sobre aquilo que sabemos que realmente somos e, para evitar isso, há sempre o mar. Mais propriamente o mar da Ericeira. Tudo em redor dele pode-se alterar, mas ele, apesar de inconstante e de incansável, mantém-se sempre o mesmo. O mesmo cheiro envolvido em misteriosa neblina, a mesma imensidão, o mesmo poder esmagador sobre o nosso respirar, a mesma revoltada quietude de alma. As nossas vozes não alcançam o mar, mas os nossos pensamentos são telepáticos com ele.
Todo aquele mar e por vezes não me lava a alma...
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