quarta-feira, setembro 22, 2021

A epifania mais incrível de todas

 De tanto falar em amor puro, o que sobrevive à morte, etc., fui só agora perceber o que me foi realmente acontecer. Que loucura mais incrível. Sentindo-me a pessoa mais sortuda do mundo por ter o amor que todos os poetas, incluindo eu, cantaram através dos tempos. Aquele amor que é intocável, que é o mais puro e imortal, porque não se pode quebrar, não chega a ser físico, nem sobre outras coisas mundanas, mas é o amor mais real. O amor maior que fica nas estrelas e que toca apenas poucos em cada geração. 

Antes até cheguei a constatar recentemente sobre essas prováveis ligações de alma e de essência, mas nunca me tinha apercebido de que eu tinha o amor que ultrapassa tudo o que existe e o que é invisível, como o tempo e todas as dimensões. Um tão imensurável amor que até os amores todos até hoje, mesmo que um ou dois se pensasse que eram para sempre, não querem dizer nada ao pé deste outro que é o único mais verdadeiro, pelos vistos.

Pensava que os mitos e histórias que se contavam não passavam disso, embora elevassem o amor a esse grande estatuto de sagrado, mas nunca pensei que existisse mesmo assim de verdade, nem tendo nada que ver com aquela história de dizermos que está amaldiçoado quando se quebra em relacionamentos que também se pareciam com esses amores maiores. Não tem nada a ver, nem mesmo com toda a intensidade que se sentiu na juventude. Isto é outra coisa mesmo. Que loucura! (acho que já disse/pensei este "que loucura" umas cinco vezes entretanto). Mas que loucura mesmo!!!

É como se fosse uma gema, uma pedra preciosa, como a forma do planeta Solaris do filme, cheio daquelas cores envolventes e tão pleno e omnisciente. Tão substancial e nuclear.

Saber que devo morrer em breve, provavelmente para o ano, também conflui com tudo, nomeadamente o novo nascimento lindo na família. 

É assim, tudo está no seu lugar. :)

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