Sopra o vento devagar
pelas encostas do teu rosto
vejo a minha alma divagar
mas serenamente num sol posto
Olho a linha do horizonte
e não está lá para se achar
nunca esteve na verdade no ar
porque jamais se escolheu um monte
Donde se possa almejar
uma vida para se guardar
eu não lhe fiz fronte
nem quis sequer mirar
Porque sei que não há nada
que eu mereça que não se perca
pois apenas o efémero existe
quando nada no mundo é terno
E tudo na vida é triste
pois é na Terra o Inferno
onde se busca respirar
mas já não há sequer ar.
sexta-feira, setembro 03, 2021
Respiro
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