Sou feita de isolamento
de devastação e sofrimento
Arrasto-me mesmo parada
tenho nas veias esta insuficiência
e na pele uma cor inanimada
Já não sinto e o que minto
já não sei sequer o que foi
Absinto qualquer coisa
e não quero mais dar "oi"
Esgotei-me num ignoto esgoto
que me sugou para nada deixar
Esvaziei-me e já só tenho água
mas é só mesmo para me hidratar
Cansei de ser o que me precisam
só para me deixarem sozinha ao luar
Relento esse em que sou trémula
não tenho mais o que necessitam
Eu que nem gosto de tubarão
fui deixar-me pegar por uma rémula
Agora a minha suposta imensidão
não passa de oca e efémera.
*primeira vez que arrisco a pôr esse título...
domingo, setembro 19, 2021
Eu*
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