A culpa pode tornar-se o próprio ar
que oxida lentamente ao tocar-nos
e vai quase invisível corroendo-nos
e a tudo porque está em todo o lugar
Queria muito tirá-la de mim finalmente
de uma forma saudável e meritória
assim como de ti qualquer réstia
que pudesse ter ficado veemente
mesmo que no fundinho da história
Mas não há maneira e volta e meia
o que me lembro é aquela velha ideia
de que todos morremos culpados
nem que seja porque fomos concebidos
por humanos neste mundo tão execrável
De forma é tal que não há perdão à vista
nem bálsamos para cicatrizar as feridas
só a certeza de que agi muito mal
como nunca tinha agido antes na vida
sacrifiquei-me de novo para alguém não mais sofrer
mas fiz tudo errado e desta estou muito arrependida.
domingo, março 13, 2022
A Culpa
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