O meu amor poeta
Fala uma língua estrangeira
É profundo e fecundo
Diariamente me inquieta
E traz o mar à minha beira
Os seus olhos são os espelhos da minha alma
Quando os vejo a pensarem em mim
Sim, queria consumi-lo
Assim como ele me consome
Nesse domínio que não tem fim
O meu amor poeta escreve livros
Alguns já os li e neles essa realidade
É minuciosamente crua
Porque ele roça a psicopatia
Em contos que rasgam toda a apatia
O que ele escreve sendo romancista
Não tem qualquer romance
Pois isso só está reservado
Para os raros poemas
Que escreve sobre mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário