O amor existe
e esconde-se no éter
dá náuseas e delírios
febres e desatinos
cheiros a paraíso
colheita de Deméter
O amor existe embriagado
gargalha para todo o lado
finge que é meu namorado
e acaba a noite intoxicado
diz que eu o envenenei
com uma folha de figueira
e empurra-me para outro
assim de qualquer maneira
O amor nunca foi maduro
porque ele existe como fruto
que cai pronto no chão
finge não ser astuto
torna-se ácido como um limão
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