quarta-feira, setembro 03, 2025

 O amor existe 
e esconde-se no éter
dá náuseas e delírios
febres e desatinos
cheiros a paraíso 
colheita de Deméter
O amor existe embriagado
gargalha para todo o lado
finge que é meu namorado 
e acaba a noite intoxicado
diz que eu o envenenei
com uma folha de figueira 
e empurra-me para outro
assim de qualquer maneira 
O amor nunca foi maduro
porque ele existe como fruto
que cai pronto no chão 
finge não ser astuto
torna-se ácido como um limão 

Sem comentários: