sexta-feira, setembro 12, 2025

 Disseste para eu nunca parar de escrever 
Brigaste um bocado a brincar por mim
Disseste que eu era bonita de se ver
Que tinha um corpo afim
E que gostavas do meu cabelo cinzento 
Que era bonito assim
E não acreditavas na minha idade
Perguntaste se de outro tinha saudade
Eu gostei logo de ti mal te vi
Meio alheado bebido trocado
Lá em cima e cá em baixo 
Com as rimas improvisadas para mim
Chegando mesmo na minha cara
Emocionaste-me 
Com o teu sonho igual ao meu
Ambos bastante perdidos
Eu mais no breu
Mas tu eras solarengo
Puro bronze e mulherengo 
Mas feminista, atenção 
Dizias tu que eras bom irmão 
E que também me protegerias
Eu acreditei nessa doce ilusão 
Até vocês me dizerem porcaria
E terem-me deixado na mão 

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