A vida toda eu quis ter um amigo que fosse como um irmão mais velho para mim, que me protegesse e acarinhasse de uma forma saudável. Infelizmente, depois de décadas, tenho de me render à evidência de que nenhum rapaz consegue ser amigo assim de uma rapariga sem ficar com outras ideias e complicar tudo. Admitir que já não tenho essa necessidade que acabou por me pôr em alhadas, hoje é muito bom e liberta-me de todas essas complicações.
Também desisto finalmente de me preocupar com a saúde dos outros, especialmente feliz por isso já que nem os próprios foram alguma vez capaz de o fazer cabalmente. Inclusive desisto inteiramente de tentar entender pessoas bêbedas.
Tendo desistido de relações amorosas há mais de 12 anos, hoje eu decido conscientemente desistir também de toda a ideia do amor de que sempre fui tão apologista.
Chegou finalmente o dia de encarar a realidade e deixar de ser a poeta romântica iludida.
O amor não existe, afinal. Nenhum, em forma alguma. Porque não é possível enquanto substantivo independente.
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