segunda-feira, dezembro 01, 2025

A morte em Pessoa

 O Pessoa que se fod@, pronto!
Ia republicar o meu Chaplin-Pessoa a ler o A morte é a curva da estrada, até cheguei a fazê-lo mas apaguei. 
Foi o meu poeta favorito em tempos, durante muito tempo, em que eu tinha poeta favorito. 

Hoje dei por mim a pensar que até Pessoa ele estragou-me.
Pensei agora mesmo, entretanto, no início desde escrito, que Pessoa era um covarde e que bebia que nem um texugo. Eu, ao menos, resisti a essas coisas: não fui completamente cobarde, pelo contrário, até cheguei a declarar a minha paixão assim que a reconheci com certeza e a admiti. Demorou, fez muita porcaria, deu muita mossa, mas eu não fui cobarde como Pessoa. Amei desabridamente, mas é, e fiz, como dizia Camões, que os amores devem ser clamados. 
Eu disse muito a cada um deles. Embora não tenha dito nem um milionésimo do que escrevi por causa deles. Dele, mais. 
Mas, ora, (onde é que nós íamos?) que se fod@ Pessoa, é isso. Temos pena. Ou sei lá. Nada importa nem vale a pena. 

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