Estrelas líquidas vibram
Com o agitar dos remos
No soturno breu reluzente
Gotejam-se risos soltos
Que ecoam ao imenso luar
Avistam-se duas silhuetas lânguidas
Esguias, balouçam navegando
Em suspiros mudos sem saber
Há por momentos um silêncio
Tão críptico e confortador
Que evoca a paz na alma
De ambas puras personagens
Que agora à deriva estão
Sem abrigo, sem alento
Apenas têm seus próprios braços
Que açambarcam um ao outro
Quando há chuva de sangue
Escorrendo em formas exangues
Cortando o riso desprotegido
Rasgando os rostos melancólicos
Não há nada mais que beleza
De dois cisnes alvos de pureza...
sábado, março 14, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário