A solidão sempre esteve lá
Só me dei conta quando parei
De me entreter sem parar
Fez-me ouvir vozes e gritos
Sons que nunca notei
Até este silêncio de enlouquecer
Ensurdecer-me com estes sons
Agora habituei-me com o correr
Dos ecos que assolam a alma
De quem permanece assim só
Sem por vezes sequer notar.
Andei sempre por aí, aos pulos
Às gargalhadas sonoras
Correndo para fugir ao sério
Escapando às vezes à reflexão
Aos fantasmas e horrores
Da minha lembrança tardia
Mas o vazio oco da Solidão
Fez-se sentir sempre mais
E nunca deixou o meu corpo
Repousou na minha mente
Insistindo em estar disfarçado.
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