Sinto as nuvens a chorar
As suas lágrimas incidem fortes
Queimando o rosto rasgado
Cheiro a Terra e a sua Morte
Cortando o silêncio pasmado.
Quando olho para o céu revolto
Com veios rubros no breu reluzente
Lembro-me de ti e do Mar
Imagino a sua pura rebeldia
Nesta noite de tempestade aflita.
Quando caí de joelhos para a Lua
Derramando gotas incessantemente
Lembrei-me de ti e das estrelas
Tu foste aquela que brilhou continuamente
És luz eterna que me seca os lamentos.
Quando rolei feliz e despreocupada
Dando gargalhadas sonoras e desgarradas
Pela verdura colorida e solta do monte
Lembrei-me de ti e do Sol intenso
Que nos iluminou numa tarde generosa.
Quando penetrou cá dentro a felicidade
Tão repentina e explosivamente
Que parecia rebentar por não ter cá espaço
Lembrei-me de ti e de uma árvore
Que nos aconchegou na nossa Alegria.
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