Tenho a Poesia para não falecer da Verdade
Minhas palavras vêm como suspiros da alma
Minhas letras estão carregadas de ódio
E outras vezes cheias de revolta
Embora, sempre, sejam muito sinceras
Tenho andado à deriva em descobertas
Eu nunca procuro nada, eu descubro.
O meu silêncio é um amigo que jamais trai
E aprendi a sua arte com vários desgostos;
Há alguém com quem é desnecessário falar
E sou feliz por isso, porque entendo-o.
O meu silêncio é corrosivo para os demais
E encontro-me com ele e com a noite
Quando há angústia na solidão, para chorar.
No silêncio, em que vejo a Eternidade,
Se realizou e construiu tudo de grande.
Quando escrevo estou compenetrada,
Tanto, que nada quebra o meu silêncio
Senão o ribombar de pétalas a cair
De uma rosa negra no meu Mundo.
Sinto-me várias vezes como se fosse
Outras personalidades ou mesmo coisas.
Por momentos sou corvo azul e ele,
Também é, aquele com quem não falo,
Pois, não é necessário para entendermo-nos.
Por vezes sou rosa negra, misteriosa com espinhos,
Que tão veemente guarda um segredo
Que permanecerá sempre uma incógnita;
Mas determinadamente sinto-me Lua,
Que os nossos olhos só conseguem ver no céu
A parte a que o Sol dá a sua luz.
Sem comentários:
Enviar um comentário