sábado, março 27, 2010

Jul. 1999 refugiada in Ericeira

Continuo a constatar "intermitentemente" que as pessoas são estranhas. Quero culpar algo por isso! Posso culpar o movimento giratório do mundo? Não, não há culpados! A própria culpa está em não haver qualquer culpa.
Ó palavras insuficientes! Palavras vãs e de ditos pardos... Vivam as flores, não, minto, nada sobrevive; pode viver mas não sobrevive. E como isso é de uma tristeza abominável!
Pessoas, palavras: velhos e cansados assuntos.
Tenho a brisa que é fresca e oportuna, quando me adivinha o quente da pele. Tenho o Sol que é quente e se deixa corromper pela brisa. Tenho o mar, ali, mais à frente, lá em baixo. Não sei ao certo se isto me basta. Mas não quero pensar nisso. Penso em nada e não me adormece.

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