Procurava a esperança como os girassóis procuram a luz do sol,
agarrava-me à racionalidade como os cactos a armazenar água,
buscava a paz como as andorinhas um seu ninho
e toda a vida, no dia-a-dia,
contava as felicidades alheias como quem conta pétalas bem-me-quer.
Porque é necessária a beleza para suplantar a fealdade do mundo
e urgente a humanidade da natureza que salva cada árvore e cada ser,
olhava sequiosa em volta para me abastecer dessas pérolas
e lutar contra esse mundo ruidoso e ruinoso
de stress, de desejo de satisfação imediata,
e todos esses vícios acumulados da insatisfação perpétua e frustração
que a fugacidade do frenético causa.
Um dia já não será preciso procurar:
só escutarei o chilrear dos pássaros e o mar.
terça-feira, maio 30, 2017
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