Sonho,
Avisto-a ao longe, com os seus cabelos ondulando
Como o mar nos embala a vista e nos seduz,
Mas profundos castanhos caracóis longos,
De quem amou e perdeu e continuou a amar.
Vestida sempre com belos vestidos esvoaçantes,
iluminada pela lua sempre cheia de rubor ao vê-la,
porque ela canta até ao céu estrelado e fala com ela,
envolta nos seus vestidos sedosos de cintura-império;
essas são as vestes da noite mais perfeita ao luar.
O prateado do reflexo do olhar,
o dourado da voz a soar,
com o seu mágico trinado de llorona que ri,
ela é a sereia cujos cânticos penetram
na alma de cada homem e mulher
que ficam melhores seres depois de a escutar.
O mundo é graças a ela mais belo
e, por instantes, em vez do manto negro da noite
o universo fica da cor do seu vestido azul-noite
com milhões de estrelas a nos sorrir.
[escrevi este poema inspirada na mais bela intérprete, Sílvia Pérez Cruz]
#silviaperezcruz
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