Naquela tarde chovia e ao olhar tudo parecia azul-cinza escuro.
Pensei em como um dia passeei pelos montes e noutro pela praia,
e num outro dia conheci o calor de uma fogueira e ainda noutro pisei as folhas secas no caminho.
Pensei em como houve alguém que me afagou o cabelo e outro alguém que me abraçou muito forte.
Como é que é possível que o vazio que as pessoas deixam seja também um preenchimento que transborda?
quarta-feira, dezembro 30, 2015
quarta-feira, dezembro 16, 2015
...
A verdade visceral é que todos eles têm bolor nos olhos e já estão mortos e não o sabem.
Por isso, com as suas línguas bífidas exalam bafos fétidos de uma podridão de preconceitos.
Por isso, com as suas línguas bífidas exalam bafos fétidos de uma podridão de preconceitos.
sábado, dezembro 05, 2015
Maria Lisboa
Hoje fui à Rua da Prata e comprei-te três sabões: um de argila, outro de mel e outro de jasmim e alfazema com azeite.
Calcorreei todo centro da cidade e ainda subi até ao miradouro de S. Pedro de Alcântara só para poder sentar-me e descansar olhando a bela vista.
Estava lá um senhor já velho e cansado - pois até escorregou do seu banquinho e deixou cair a viola - a cantar "cheio de penas" e interrompendo-se comentou "tantas penas até parece que sou uma galinha". Depois, mais à frente quando viu um grupo de turistas a aproximar-se em direcção a ele, de novo interrompeu-se "vamos lá trabalhar que agora é a sério".
Eu ri-me de ambas as vezes e entristeci-me ao ouvir os fados e a lembrar da mesma solidão de há 15 anos ali naquele mesmo miradouro.
Agora que já vai longa a noite, penso em como as estrias do teu corpo são a terra infértil e árida em que decidi não semear. Já os sabões que te comprei nada vão mudar.
Porque na realidade nada muda, assim como nada perdura.
Calcorreei todo centro da cidade e ainda subi até ao miradouro de S. Pedro de Alcântara só para poder sentar-me e descansar olhando a bela vista.
Estava lá um senhor já velho e cansado - pois até escorregou do seu banquinho e deixou cair a viola - a cantar "cheio de penas" e interrompendo-se comentou "tantas penas até parece que sou uma galinha". Depois, mais à frente quando viu um grupo de turistas a aproximar-se em direcção a ele, de novo interrompeu-se "vamos lá trabalhar que agora é a sério".
Eu ri-me de ambas as vezes e entristeci-me ao ouvir os fados e a lembrar da mesma solidão de há 15 anos ali naquele mesmo miradouro.
Agora que já vai longa a noite, penso em como as estrias do teu corpo são a terra infértil e árida em que decidi não semear. Já os sabões que te comprei nada vão mudar.
Porque na realidade nada muda, assim como nada perdura.
"Reduz as tuas necessidades se queres passar bem".
Quando estamos limitados, inclusive em aspectos importantes como a mobilidade, é inteligente adaptarmo-nos de modo a que não necessitemos mais de fazer essas coisas.
Foi o que eu fiz e é muito estranho para as outras pessoas compreenderem mas atingi há muito um estádio de não necessitar tanto de alguma coisa ao ponto de não passar bem sem essa coisa.
Foi o que eu fiz e é muito estranho para as outras pessoas compreenderem mas atingi há muito um estádio de não necessitar tanto de alguma coisa ao ponto de não passar bem sem essa coisa.
quarta-feira, dezembro 02, 2015
terça-feira, dezembro 01, 2015
A cabeça que é um mundo.
Espaçosa a tua cabeça que abarca todos os pensamentos que tens na vida inteira e tanto, tanto mais.
A cabeça que é um mundo frenético, imparável, indomável e doente até.
A cabeça que contém os teus neurónios e ainda onde pousam os teus chapéus e usas os teus lenços e gorros e fitas e ganchos. A cabeça onde submergem as tuas memórias e de onde emergem os teus cabelos.
A cabeça que é o labirinto e o minotauro. A cabeça que é o algoz e o orgulho. A cabeça que é o mar e um oceano e o céu e um universo.
A cabeça que é um mundo frenético, imparável, indomável e doente até.
A cabeça que contém os teus neurónios e ainda onde pousam os teus chapéus e usas os teus lenços e gorros e fitas e ganchos. A cabeça onde submergem as tuas memórias e de onde emergem os teus cabelos.
A cabeça que é o labirinto e o minotauro. A cabeça que é o algoz e o orgulho. A cabeça que é o mar e um oceano e o céu e um universo.
segunda-feira, novembro 30, 2015
sexta-feira, novembro 27, 2015
Nada tão maior.
Nunca achei que houvesse algo maior que não o Universo.
Mas no bater do teu coração, ao escutar com o meu ouvido encostado ao teu peito, encontrei aí o pulsar do meu mundo; o infinito ritmo da profundidade do meu universo.
Mas no bater do teu coração, ao escutar com o meu ouvido encostado ao teu peito, encontrei aí o pulsar do meu mundo; o infinito ritmo da profundidade do meu universo.
sábado, novembro 14, 2015
quarta-feira, novembro 11, 2015
Ser poetisa é (a)mar
Podia ser Sophia, ou mesmo a minha prima Rosa, mas não, sou eu mesma e ser poetisa é (a)mar.
sábado, novembro 07, 2015
sexta-feira, outubro 30, 2015
O que somos nós?
O que somos nós senão as memórias que experienciámos e que acumulamos? Muitas vezes não são as nossas próprias memórias, mas as dos nossos antepassados, das nossas fotografias nos álbuns de família e de todas as vidas que estão retratadas.
Na nossa mente uma caixa arquivadora que volta e meia se desordena, organizada por separadores de letras, um alfabeto de nomes e caras na memória da vida.
É perigoso o que sinto. É perigoso o sentir. E são perigosas as sensações. Porém, os sentimentos que são aparentemente rebeldes e indomináveis são o conjunto de todas as sensações e do próprio exercício de sentir e por isso o que sinto é impossível de se sentir sem todas as sensações que advêm de factores externos e daí incapazes de serem controlados. Ou seja, o que está dentro de mim não pode ser jamais totalmente controlado pois tem uma imprevisível origem exterior. E as memórias são nada mais que completamente incontroláveis imagens que a mente guarda e vai buscar como arquivos por palavras-chaves.
Na nossa mente uma caixa arquivadora que volta e meia se desordena, organizada por separadores de letras, um alfabeto de nomes e caras na memória da vida.
É perigoso o que sinto. É perigoso o sentir. E são perigosas as sensações. Porém, os sentimentos que são aparentemente rebeldes e indomináveis são o conjunto de todas as sensações e do próprio exercício de sentir e por isso o que sinto é impossível de se sentir sem todas as sensações que advêm de factores externos e daí incapazes de serem controlados. Ou seja, o que está dentro de mim não pode ser jamais totalmente controlado pois tem uma imprevisível origem exterior. E as memórias são nada mais que completamente incontroláveis imagens que a mente guarda e vai buscar como arquivos por palavras-chaves.
domingo, outubro 25, 2015
segunda-feira, outubro 19, 2015
Mais um anoitecer...
Na língua o sabor de uma vida destroçada e nas mãos a aspereza da casca da árvore que foi despida para lucro de indústrias poluidoras.
Amanhã, o ar terá a mesma fragosidade e a terra debaixo dos pés não o é mais, é piso sintético, em que tudo é falso e pernóstico num palco de ilusões.
Amanhã, o ar terá a mesma fragosidade e a terra debaixo dos pés não o é mais, é piso sintético, em que tudo é falso e pernóstico num palco de ilusões.
O cúmulo de ser uma pessoa prevenida é...
... prevenir sobre si mesmo partindo do princípio que se é psicopata, alcoólatra e ninfomaníaco, mesmo não fazendo mal a uma mosca, não bebendo e não praticando sexo. :D
segunda-feira, outubro 12, 2015
A coluna dos heróis.
Em cada vértebra minha está uma vértebra de antepassados heróicos que com os seus carácteres estóicos foram ultrapassando todas as dificuldades. Não falo do meu primo afastado, Camões, de quem tenho o mesmo sangue, mas de Ulisses, Hércules e Prometeu.
Assim, tenho em mim mais espinha dorsal que muitos por aí e só assim para explicar a resiliência perante a desgraça, a miséria e o infortúnio de toda a vida.
Assim, tenho em mim mais espinha dorsal que muitos por aí e só assim para explicar a resiliência perante a desgraça, a miséria e o infortúnio de toda a vida.
domingo, outubro 11, 2015
sábado, outubro 03, 2015
Não há navio, só destroços, capitão!
O único rumo para todos nós
navegantes da vida e das suas marés
é em direcção à morte,
que poderá ser através da tempestade
ou senão apenas da bonança
quando os raios de luz ainda atravessam a escuridão.
navegantes da vida e das suas marés
é em direcção à morte,
que poderá ser através da tempestade
ou senão apenas da bonança
quando os raios de luz ainda atravessam a escuridão.
terça-feira, setembro 29, 2015
domingo, setembro 27, 2015
terça-feira, setembro 22, 2015
Perdê-la...
Perdê-la foi quebrar-se o tempo e ele deixar de existir por completo, entrando eu numa espécie de suspensão dos sentidos. O gosto que a língua deixou de sentir, as mãos que nada conseguiam mais agarrar, o cheiro e o som de tudo o que havia para olhar e que eu não mais via, não mais enxergava, não mais.
Quando algo me relembrava de quanto tempo tinha de facto passado eu não acreditava porque ele para mim não tinha passado. "Onde foi o tempo?", perguntavam. Eu nunca soube, nem sequer soube que ele tivesse ido.
Ela sempre dentro de mim, mais do que eu mesma, sempre presente no vazio da ausência que deixou. Porque agora já se sabe que existe matéria num buraco negro e que o vazio espacial tem substância, tem peso e dimensão. Porque agora e, sempre, eu soube que ela existia como vórtex espácio-temporal no meu coração.
Eu não vou perdê-la. Eu não vou perdê-la. Eu não vou perdê-la. Nunca.
Quando algo me relembrava de quanto tempo tinha de facto passado eu não acreditava porque ele para mim não tinha passado. "Onde foi o tempo?", perguntavam. Eu nunca soube, nem sequer soube que ele tivesse ido.
Ela sempre dentro de mim, mais do que eu mesma, sempre presente no vazio da ausência que deixou. Porque agora já se sabe que existe matéria num buraco negro e que o vazio espacial tem substância, tem peso e dimensão. Porque agora e, sempre, eu soube que ela existia como vórtex espácio-temporal no meu coração.
Eu não vou perdê-la. Eu não vou perdê-la. Eu não vou perdê-la. Nunca.
sexta-feira, setembro 11, 2015
A estrutura da dor
Se nós nos compararmos a uma casa poderemos dizer que quando a dor abala demasiado as estruturas a casa cai.
E podemos sempre construir em cima das ruínas.
E podemos sempre construir em cima das ruínas.
terça-feira, setembro 01, 2015
terça-feira, agosto 25, 2015
A profissão da solidão
Nos tempos modernos uma das mais complicadas profissões é a da solidão. Não são necessariamente corações vazios e desempregados que habitam as pessoas sós. A vida encarrega-se de separar da multidão as pessoas sós e assim, uma vez destrinçada a natureza delas, podem professar a solidão com esmero e bravura que lhes é exigido.
domingo, agosto 16, 2015
sábado, agosto 15, 2015
terça-feira, agosto 04, 2015
terça-feira, julho 28, 2015
Manifesto Anti-Bimby
Era uma vez um bimbo e uma bimba.
O bimbo e a bimba compraram uma Bimby.
Basta, BUM!
Morra a Bimby, morra Bim!
Aos que não a conhecem, essa douta e ilustre máquina multifunções que diz que praticamente já substitui a bimba e o bimbo no lar, saibam que ela é donzela e por isso para a levar, mais de 1000 euros tem de pagar!
O bimbo e a bimba compraram uma Bimby.
Basta, BUM!
Morra a Bimby, morra Bim!
Aos que não a conhecem, essa douta e ilustre máquina multifunções que diz que praticamente já substitui a bimba e o bimbo no lar, saibam que ela é donzela e por isso para a levar, mais de 1000 euros tem de pagar!
Hoje em dia as pessoas já não têm presente as consequências dos seus actos.
Ninguém sofre as consequências dos seus actos, porque estão todos demasiado ocupados em abstraírem-se e distraírem-se. Nesta sociedade frenética ninguém chega a parar e reflectir sobre as suas acções para retirar delas conclusões. Logo, ninguém aprende as lições que têm de aprender e permanecemos a viver assim num mundo de inconsciência e inconsequência. Acção e reflexão, tornou-se meramente em acção e reacção.
Ninguém sofre as consequências dos seus actos, porque estão todos demasiado ocupados em abstraírem-se e distraírem-se. Nesta sociedade frenética ninguém chega a parar e reflectir sobre as suas acções para retirar delas conclusões. Logo, ninguém aprende as lições que têm de aprender e permanecemos a viver assim num mundo de inconsciência e inconsequência. Acção e reflexão, tornou-se meramente em acção e reacção.
Lisboa tem
Lisboa tem queixumes de rio que chora para o mar
tem gaivotas que esvoaçam bêbadas pelo ar
Lisboa tem navios e léguas de montes e colinas para navegar.
tem gaivotas que esvoaçam bêbadas pelo ar
Lisboa tem navios e léguas de montes e colinas para navegar.
Eu julguei-te meu
Tu julgaste-me tua
E de tanto julgarmo-nos um do outro o nosso amor ardeu, deixando-me completamente nua, despindo-me de tudo o que era nosso. E, no entanto, dia após dia, nessa década de penumbra até hoje fomos sempre um do outro. Em todas as horas, em todos os segundos, não houve outra pessoa, em todas as nossas vidas, com quem tivéssemos tido contacto diário desde que nos cruzámos.
Isso não é só amor, é algo mais forte que misturado com o amor tem sabor a eternidade e por isso jamais se abala perante a morte.
Tu julgaste-me tua
E de tanto julgarmo-nos um do outro o nosso amor ardeu, deixando-me completamente nua, despindo-me de tudo o que era nosso. E, no entanto, dia após dia, nessa década de penumbra até hoje fomos sempre um do outro. Em todas as horas, em todos os segundos, não houve outra pessoa, em todas as nossas vidas, com quem tivéssemos tido contacto diário desde que nos cruzámos.
Isso não é só amor, é algo mais forte que misturado com o amor tem sabor a eternidade e por isso jamais se abala perante a morte.
O ser humano é visto de uma forma tão limitada, nomeadamente ao nível espácio-temporal, que acaba por nem se aperceber de que existe há milhares de anos enquanto homo sapiens sapiens e, ainda assim, na era em que vivemos - e mesmo pelo que sabemos das civilizações antigas - o ser humano continua a achar e desde pequeno a crescer com a ideia de que vai fazer a diferença no mundo e torná-lo melhor.
Até o melhor dos mestres tem um calcanhar de Aquiles, mas se o aceitar sempre será mais seguro. E basta ter uma vontade de ferro e uma mente de aço. Embora saibamos que a mente pode pregar partidas e que se a mesma não for domesticada e controlada, pode mesmo - à semelhança de um cachorro ainda não treinado e que faz xixi no tapete -, criar situações impossíveis de se resolverem.
segunda-feira, julho 13, 2015
Devia haver um jogo que simulasse o mundo como ele é agora e desse para os jogadores darem soluções e implementarem-nas de modo a verem os resultados para todos os problemas que existem.
Assim, quem tivesse melhores resultados globalmente, não só poderia de facto constituir uma brilhante equipa, como providenciar aconselhamento e hipóteses de solução para os problemas dos vários países do mundo.
Assim, quem tivesse melhores resultados globalmente, não só poderia de facto constituir uma brilhante equipa, como providenciar aconselhamento e hipóteses de solução para os problemas dos vários países do mundo.
domingo, julho 12, 2015
terça-feira, julho 07, 2015
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3 questões:
- Dizer um só objecto seu de que nunca abdicaria;
- Dizer um segredo que nunca se disse a ninguém;
- Dizer como é que realmente sobrevive.
- Dizer um só objecto seu de que nunca abdicaria;
- Dizer um segredo que nunca se disse a ninguém;
- Dizer como é que realmente sobrevive.
sábado, junho 27, 2015
quinta-feira, maio 28, 2015
os destroços da alma dela não se vaporizavam como grafite pisada entre os dedos, mas deixavam iguais manchas de escuridão com rasgos de claridade à volta. eram as farripas da dor, dura, calejada, que como farpas alvejavam o seu corpo.
(inspirada por uma foto da série de edíficos abandonados, de Antoine Pimentel)
(inspirada por uma foto da série de edíficos abandonados, de Antoine Pimentel)
sexta-feira, maio 22, 2015
segunda-feira, maio 18, 2015
domingo, maio 17, 2015
Surfer Girl
Sei que vim do mar e da terra,
assim como se vem de uma mãe e de um pai.
Sei que tudo e apenas aquilo que queria ter sido era uma "surfer girl". Só viver o sonho como nas músicas dos The Beach Boys.
Mas a vida, já com a morte incluída, é o que acontece mediante todos os factores mais determinantes com apenas ligeiras variações. Por isso, o serem todos mais ou menos iguais nas suas vidas e terem-nas todas da mesma forma dentro das opções possíveis.
O universo por aí com luz e escuridão e lusco-fusco como no mundo de homens e mulheres, e misturas químicas, como no corpo meio binário e com a espinha no meio dele. E a transfusão de toda essa alquimia, na lágrima, no sémen, no sangue e no suor.
A vida na Terra como a conhecemos: em que às vezes o sistema é binário como o bem e o mal e o certo e o errado, e outras vezes casos passíveis de que haja matizes.
No caso da Surfer Girl seria ainda a primazia do the simple, the beautiful and the best.
O que mais uma rapariga poderia querer?
assim como se vem de uma mãe e de um pai.
Sei que tudo e apenas aquilo que queria ter sido era uma "surfer girl". Só viver o sonho como nas músicas dos The Beach Boys.
Mas a vida, já com a morte incluída, é o que acontece mediante todos os factores mais determinantes com apenas ligeiras variações. Por isso, o serem todos mais ou menos iguais nas suas vidas e terem-nas todas da mesma forma dentro das opções possíveis.
O universo por aí com luz e escuridão e lusco-fusco como no mundo de homens e mulheres, e misturas químicas, como no corpo meio binário e com a espinha no meio dele. E a transfusão de toda essa alquimia, na lágrima, no sémen, no sangue e no suor.
A vida na Terra como a conhecemos: em que às vezes o sistema é binário como o bem e o mal e o certo e o errado, e outras vezes casos passíveis de que haja matizes.
No caso da Surfer Girl seria ainda a primazia do the simple, the beautiful and the best.
O que mais uma rapariga poderia querer?
terça-feira, maio 05, 2015
quarta-feira, abril 08, 2015
terça-feira, fevereiro 10, 2015
domingo, janeiro 18, 2015
terça-feira, janeiro 06, 2015
Rita ou outra coisa qualquer
Pela primeira vez perguntei-me por que raio estariam as lágrimas a correrem-me pelos olhos abaixo... até parecia que era como se eu não tivesse qualquer motivo para chorar. Mas essa questão só permaneceu na minha mente durante segundos até que me viesse uma dor ainda maior que fez as lágrimas engrossarem: a memória da agonia, da miséria, das dores e perdas e ainda mais saber que o vazio não tem medida e nem fim à vista.
Dizem que aquele que não consegue chorar é porque ou já gastou as lágrimas ou não morreu o suficiente. Todas as vezes que eu chorei foi tão simplesmente porque eu não aguentei.
Olho os campos queimados e além de sentir pena de ver a terra enlutada também imagino o futuro e sei que tudo renascerá.
Dizem que aquele que não consegue chorar é porque ou já gastou as lágrimas ou não morreu o suficiente. Todas as vezes que eu chorei foi tão simplesmente porque eu não aguentei.
Olho os campos queimados e além de sentir pena de ver a terra enlutada também imagino o futuro e sei que tudo renascerá.
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