Poder dizer que se teve uma vida bem vivida, cheia, porque se viajou, foi-se a festas, divertiu-se... Mas até que ponto estiveste mesmo nesses momentos, absorveste-os, sentiste-os? Aquela coisa de estar verdadeiramente no momento presente, sem ser um personagem a interpretar um papel por costume, automatizado, decorado e repetido, emulando de novo as sensaçőes que já se teve com os mesmos estímulos... Um genuíno absoluto sentir como se fosse mesmo a primeira vez ali assim. Por isso é que também dizem que não se deve voltar aos lugares onde já se foi feliz, para não dar hipótese de estragá-los numa outra vez, ou para não se tornarem rotina, banais, esquecidos?
Eu gosto de termos feito isso e de eu ter coisas únicas do que vivi mesmo quando houve falta de condiçőes melhores, foi tudo lindo contigo maioritariamente. Fomos uns tesos felizes nos nossos luxos. Por isso tenho de agradecer por essas partes.
Mas nada bate flutuar no mar, sentindo chuviscos mornos a cair no corpo e estar estirado na praia a ficar a ouvir Lilac Wine com a voz da Nina Simone a ecoar pondo em repeat a sentir a brisa cálida e o silêncio e a magia toda ao mesmo tempo.
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