sexta-feira, julho 11, 2025

Já não tenho saudades de ninguém

 Esgotei as saudades 
Porque tive-as diariamente 
Sem parar
Sempre a jorrar
Como cascatas todas juntas
E às vezes alagavam tudo
O peito doía tanto
Que a água saía pelos olhos 
Agora já não as tenho 
E ainda bem 
A dor e as decepções 
Sempre aniquilam tudo
Pela acumulação do sufoco 
Nunca foge à regra
Até já tinha perdido esperança 
Mas finalmente acabou a dança 
Entre a dor e as decepções 
Apagaram-se as ilusões 
Voltei a ser pura feliz criança 

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