sábado, julho 12, 2025

Ilusão, o silêncio das estrelas

 Às vezes sinto-vos à beira do precipício 
São raras vezes mas vem-me a sensação 
Do vosso aperto no coração e estômago 
É de ti, dela e dele que me acontece
Como se o céu escurecesse e chovesse
Como se a agonia fosse coisa líquida 
Que nos banha mas não nos lava
Meus outroras mais-que-tudo nesta terra
Eu não sei mais o que vos falasse
Por isso apenas tenho silêncio nas mãos 
E nada dou porque esgotei tudo o que dei
Afinal vocês tinham razão e tudo passa
Ao contrário do que eu acreditava 
Naquele infinito intenso palpável 'monolito'
Também graças a vocês aprendi que não 
Que era e sempre foi minha a ilusão 

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