Ele tem o mesmo tom desiludido com a vida do que eu. Às vezes surge um tom mais doce, algo paternal, outras vez um tom mais assertivo e final. Também tem aquele tom de quem ri. Mas também o que faz graça sem se rir ao mesmo tempo, só depois. Esse tem um tom também de chalaça. Há um tom de desgraça: esse é fundo no pesar, ou então é sonoro gritar. Tem o tom maroto acompanhado de jeito afoito. Tem ainda outro tom, que me faz ficar num oito. Há o tom que me atravessa, me devassa, o que me devasta e o que me despedaça.
Todos acompanhados de um olhar quase de cada vez diferente.
Quase me esquecia do seu primordial tom de espanto. É tão basal quanto o seu tom de pranto.
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