A Dor quebra o ego
Destrói as ilusões
Estilhaça as certezas
Torna vidente um cego
Enudece complicações
E realça as delicadezas
É um marco que passamos
Para nos afinar o amor
É um portão que atravessamos
Sentindo do inferno o calor
E em brasas caminhamos
É só feito de enxofre o odor
Tudo o que ela esconde
Vem à tona finalmente
Já não te sentes gente
Não há uma luz que ronde
Só escuridão que arde
Sem fazer grande alarde
Entranha-se simplesmente
É ferida que dói e sangra
Descontentamento descontente
É a memória que arranha
Corpo, alma e a mente.
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