segunda-feira, junho 30, 2025

O mistério da vida

 De tudo o que não sabemos 
Mais aquilo que não perguntamos
Há o mistério da fé que é cego
E há o que não nos lembramos
Nem sequer queremos ver

Cada escrito é aceso
Por um rastilho da mente 
Percorrendo o braço até a mão 
Para que seja a caneta a expiação 

A teia desenhada na sua palma
Nada agarra senão o vazio
De quem sempre é abandonada 
Largada num qualquer trilho

Se o teu caminho tem flores
Tu ficarás com os melhores odores
Mas se ele tem é mais horrores
És capaz de ser empesteado de fel

A vida não tem comando
Em quase nada do que querias
Fazes o dia-a-dia caminhando
Só esperando por melhores dias

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